Há bons e maus vizinhos. E as linhas de alta tensão pertencem ao segundo grupo. Vários estudos científicos, que têm sido realizados desde a década de 70, apontam para os perigos graves que a proximidade com os campos electromagnéticos, que são gerados pelos cabos de alta tensão, podem constituir para a saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) analisou exaustivamente os cerca de 25 mil trabalhos que foram feitos sobre o tema, nos últimos 30 anos, e concluiu que os perigos dos campos electromagnéticos não podem ser comprovados cientificamente. Mas as estatísticas dizem outra coisa. "É verdade que nada está cientificamente comprovado, mas os índices estatísticos dão conta de um aumento de doenças do foro oncológico [cancro] nas populações que residem junto às linhas de alta tensão", garante Carlos Moura, especialista na matéria da organização ambientalista Quercus.
Nada está 100% provado, é verdade, mas o ruído de baixa frequência provocado pelas linhas de alta tensão também é visado em alguns trabalhos universitários. Estes apontam para um aumento na taxa de stress e de depressões entre as populações que vivem à 'sombra' destas linhas. Em alguns casos citados, os sintomas passaram por alterações ao sono, cefaleias e crises epilépticas, mas os problemas relacionados com estas infra-estruturas não são apenas de saúde.
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